INCONTINÊNCIA URINÁRIA

 

A incontinência urinária (IU) condiciona o doente a vários níveis: pessoal, família, social e laboral. Felizmente pode ser prevenida e tratada!

Esta é uma situação patológica causada pela incapacidade em armazenar e controlar a saída da urina. Para além de ser um problema de saúde e de higiene, a perda de urina é uma situação com repercussões a nível social e pessoal. Trata-se de uma patologia que leva, muitas vezes, o doente a evitar o contacto social e a optar pelo isolamento, por viver em constante medo e vergonha de que os outros se apercebam da situação. 

Quem é mais afetado?

Apesar de ser transversal a ambos os sexos e a todas as idades, o grupo de mulheres em fase ativa (entre os 45 e os 65 anos) é aquele onde a incontinência mais se manifesta. A justificação desta incidência reside na anatomia do períneo, nas alterações hormonais e nos traumatismos provocados pelos partos.

Quais os fatores de risco?

• Gravidez, parto vaginal e episiotomia (incisão feita no períneo para facilitar a passagem do feto);
• Imobilidade associada a doenças crónicas degenerativas; 
• Prolapso (descida) da bexiga, uretra ou do reto;
• Capacidades mentais diminuídas e demência;
• Acidente Vascular Cerebral (AVC);
• Fraqueza dos músculos pélvicos;
• Cirurgia prostática ou pélvica;
• Consumo de tabaco e álcool;
• Baixa ingestão de líquidos;
• Bronquite crónica e asma;
• Carência de estrogénios;
• Alguns medicamentos;
• Infeções urinárias;
• Obesidade;
• Diabetes.

Tipos de Incontinência Urinária
Existem diferentes tipos que se classificam de acordo com a forma como os sintomas se manifestam:
 
Incontinência de Esforço
Perda incontrolável de urina ao fazer movimentos que aumentem demasiado a pressão abdominal.

Incontinência de Urgência

Forte vontade de micção que obriga a pessoa a interromper a tarefa que está a executar para urinar; pode haver pequenas perdas e, mais raramente, pode mesmo verificar-se micção involuntária.

Incontinência por Extravasamento
Perda descontrolada de pequenas quantidades de urina por insensibilidade da bexiga e está, normalmente, associada à retenção crónica de urina.

Incontinência Mista
As duas situações anteriores podem coexistir com maior ou menor expressão de cada uma delas.



Referências bibliográficas
Prevenir n.º42 pág. 34 por Madalena Alçada Baptista
Prevenir n.º54 pág. 38 por Cláudia Pinto